Por que a Gastrectomia Vertical é a cirurgia bariátrica mais realizada no mundo?

A escolha ou indicação de um tratamento médico, qualquer que seja ele, em detrimento a outro, é feita com base em alguns fatores: eficácia desse tratamento, segurança e ocorrência de efeitos colaterais relacionados a ele.
A cirurgia bariátrica surgiu como forma de tratamento da obesidade há mais de 50 anos e, durante essas décadas, muitas técnicas surgiram e foram abandonadas.

Algumas por serem pouco eficazes, ou seja, não promoviam a perda de peso necessária ou esperada. Outras por serem pouco seguras, ou seja, cirurgias muito complexas com elevados índices de complicações. E outras por causarem muitos efeitos colaterais como diarreia ou carências nutricionais.

A Gastrectomia Vertical

A Gastrectomia Vertical começou a ser realizada no início dos anos 2000 e, com o passar dos anos, sua indicação cresceu progressivamente. Trata-se de uma cirurgia em que se realiza a redução do estômago, mas não se meche no intestino. Seu efeito está relacionado a diminuição da fome por retirada da região chamada fundo gástrico, produtora do hormônio Grelina, ou hormônio da fome.

Embora não seja essa a cirurgia que promove a maior perda de peso, o seu resultado é considerado muito bom, e superior ao resultado obtido com outras técnicas cirúrgicas realizadas no passado e nas quais também só se reduzia o estômago (exemplo: Banda Gastrica).

É também considerada uma cirurgia bastante segura, desde que realizada por profissionais treinados e habilitados. Além disso, pelo fato de não haver desvio intestinal, o risco de o paciente ter alguma carência nutricional como anemia é muito baixo, assim como efeitos colaterais relacionados ao intestino (diarreia) são raros.
Por essas razões e embora nem todo paciente seja um bom candidato a essa cirurgia (exemplo: pacientes com doença do refluxo gastro-esofágico), ela atualmente é a cirurgia bariátrica mais realizada no mundo.

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