Gastrectomia Vertical
São várias as técnicas cirúrgicas empregadas no tratamento da obesidade, que são conhecidas, em seu conjunto, como cirurgia bariátrica. A cada dois anos é publicado um senso, realizado entre os cirurgiões, sobre quais são as técnicas que eles estão indicando e realizando mais. No último senso publicado em 2017, com dados referentes ao ano de 2014, foram relatadas quase 580.000 cirurgias bariátricas realizadas no mundo. Dentre as diferentes técnicas, a mais realizada naquele ano foi a Gastrectomia Vertical (Sleeve).
Gastrectomia Vertical – A cirurgia bariátrica mais realizada no mundo
A Gastrectomia Vertical é uma técnica que se caracteriza, entre outras coisas, por não haver manipulação ou desvio do intestino. Esse parece ser um fator importante de escolha, para os pacientes, quando discutem com seu médico sobre qual será a cirurgia realizada. Por não haver desvio intestinal, há menos interferência na absorção de micronutrientes e vitaminas, reduzindo o risco futuro de desenvolvimento de alguma carência nutricional. Bem como a necessidade de uso contínuo de suplementos nutricionais e vitamínicos.
Esta é uma verdade relativa. Os pacientes submetidos a essa técnica devem receber suplementação regular nos dois primeiros anos depois da cirurgia, quando sua ingesta alimentar está bastante reduzida e, posteriormente, monitorados quanto à absorção de ferro, Vitamina B12 e Vitamina D. Além disso, a gastrectomia vertical não é a técnica que promove a maior perda de peso, não é a que controla melhor o diabetes mais grave ou o refluxo gastro-esofágico mais intenso. Embora seja a técnica mais utilizada na atualidade, não é a mais indicada para todos os pacientes. Não há uma técnica que sirva para todos. A avaliação e escolha da técnica deve ser individual.