Bypass Gástrico

O que é o Bypass gástrico?

O Bypass gástrico é a cirurgia de redução de estômago mais frequentemente realizada no Brasil, sendo conhecida também como Derivação gástrica em Y de Roux ou cirurgia de Fobi-Capella.

Como é realizado o Bypass gástrico?

No Bypass gástrico, o estômago é reduzido a um tamanho aproximado de 30 -40 ml, por meio da utilização de instrumentos chamados grampeadores cirúrgicos. Em seguida, o estômago reduzido é ligado diretamente ao intestino delgado (jejuno).

O alimento ingerido irá assim percorrer 100 a 150 cm de jejuno (alça alimentar – Figura 1) para então receber as secreções digestivas vindas do restante do estômago, fígado e pâncreas (alça biliopancreática Figura 1), na ligação entre a alça alimentar e a alça biliopancreática, chamada enteroanastomose.

A partir daí, há mais 3 ou 4 metros de intestino pela frente, aonde ocorrerá a absorção de alimentos (alça comum). Não é retirado nenhum pedaço de intestino. Pode ser realizada por vídeo-laparoscopia (pequenos cortes, com auxílio de vídeo) ou por laparotomia (corte grande). Deixamos rotineiramente um dreno (tubo de silicone) com o qual o paciente vai para casa, que é retirado após 7 dias.

Quais são as vantagens e desvantagens do Bypass gástrico?

As maiores vantagens dessa cirurgia estão na boa perda de peso (35 a 40% em média) e na boa manutenção do peso ao longo dos anos, na grande melhora na saciedade ( o paciente sente menos fome) e no bom controle do diabetes, nos pacientes acometidos desta afecção. As desvantagens estão no fato de ser este um procedimento irreversível, na necessidade do uso de suplementos vitamínicos para o resto da vida e na possibilidade de reganho de peso a longo prazo, em particular nos pacientes comedores de doce ou carboidratos em excesso, beliscadores e naqueles muito sedentários.

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Descrição

Bypass Gástrico em Y de ROUX ou Cirurgia de Capella ou Fobi- Capella

Como é o pós-operatório?

No pós-operatório imediato da Cirurgia do Bypass Gástrico a maioria dos pacientes é encaminhada a sala de recuperação pós-anestésica e posteriormente ao apartamento hospitalar ou enfermaria. Alguns pacientes necessitam permanecer na UTI no primeiro dia de pós-operatório. Recomendamos que os pacientes comecem a caminhar tão logo estejam bem acordados pois essa medida ajuda a prevenir a trombose venosa nas pernas e outras complicações. No pós-operatório imediato o paciente permanece em jejum.

No dia seguinte pela manhã liberamos água, chá e caldos para o paciente beber conforme orientação passada previamente por nossa nutricionista.

Na maioria dos casos o paciente recebe alta hospitalar após 48 horas da cirurgia, com as orientações de dieta passadas pela nutricionista. Retorna ao consultório para retirada dos pontos e do dreno entre o 6º e 8º dia de pós-operatório.

Quais as possíveis complicações no Bypass Gástrico?

Complicações clínicas (cardíacas, pulmonares, renais) podem ocorrer após qualquer tipo de cirurgia, sendo mais frequentes após cirurgias de alta complexidade e em pacientes portadores de doenças crônicas predisponentes.

O Bypass Gástrico é uma cirurgia de alta complexidade e os pacientes são submetidos a avaliação clínica rigorosa no pré-operatório para diagnosticar e controlar condições pré-existentes.

As complicações cirúrgicas imediatas mais graves são o sangramento e a infecção. A infecção pós-operatória decorre geralmente de uma “fistula” ou vazamento do conteúdo gástrico ou intestinal por entre os grampos ou pelo local de costura do estômago ou do intestino. Pode levar a infecção grave e deve ser tratada precocemente, assim que se fizer o diagnóstico.

A incidência desse tipo de complicação atualmente é baixa (menos de 1%), dada a experiência adquirida com o método e a evolução dos grampeadores cirúrgicos. Embora pouco frequente, essa complicação pode levar ao óbito caso o diagnóstico seja feito tardiamente e/ou o paciente não responda às medidas terapêuticas adotadas.

As complicações tardias estão mais relacionadas a aspectos nutricionais. O desvio intestinal dificulta a absorção de alguns micronutrientes (ferro, cálcio, zinco, etc.) e algumas vitaminas (B12, B1, D). Por esta razão, pacientes submetidos a este método devem fazer uso regular de suplementos vitamínicos e minerais, além de realizar exames laboratoriais com certa frequência, para dosagem desses elementos.

Outra possível complicação tardia, que pode ocorrer em qualquer tipo de cirurgia em que se manipula o intestino, é a formação de aderências que eventualmente (incidência rara) podem predispor a ocorrência de obstrução intestinal, o que requer tratamento cirúrgico.

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